Estação Ecológica dos Caetetus
A Estação Ecológica dos Caetetus foi criada originalmente pelo Dec.26.718 de 06/02/1987. Com 2.178,84 ha, é o segundo maior remanescente de floresta natural da região sudoeste do Estado de São Paulo, nos municípios de Gália e Alvinlândia (22º20’- 22º30’S a 49º40’ - 49º45’W). Situa-se na bacia hidrográfica do Médio Paranapanema, com terras em altitudes entre 500 a 680 metros acima do nível do mar. O clima é subtropical úmido com uma marcada estação seca durante o inverno (Cwa). A temperatura média anual é de 21 ° C, com temperaturas médias mensais variando entre 17 ° C e 25 ° C. A precipitação média anual é de cerca de 1.303 mm, com uma estação seca entre abril e setembro. Devido à variabilidade climática interanual, a estação seca pode ser mais longa em alguns anos do que em outros, aumentando a escassez de água além dos índices normais. A unidade localiza-se no Planalto Ocidental, com compartimentos geomorfológicos formados pelo platô de Marília, com altitudes superiores a 600 metros; escarpas e colinas amplas, com altitudes inferiores a 550 metros; e planícies aluviais. Integra a bacia sedimentar do Paraná, sobre arenitos das formações Marília e Adamantina, do Grupo Bauru. Secundariamente, são encontrados Sedimentos Continentais Indiferenciados e Sedimentos Aluvionares. Os principais tipos de solos da unidade são o Latossolo Vermelho-Amarelo e o Argissolo Vermelho-Amarelo. Toda a unidade é coberta por Floresta Estacional Semidecidual Montana nas áreas de interflúvio e Floresta Estacional Semidecidual Aluvial ao longo dos cursos d’água. O principal estudo florístico realizado na unidade resultou no livro “Árvores da Floresta Estacional Semidecidual”, de autoria de Viviane S. Ramos e colaboradores, publicado em sua segunda edição em 2015 pela EDUSP/FAPESP. Contribuições significativas para a flora da unidade foram realizadas por meio de teses e dissertações, impulsionadas pela instalação de parcelas permanentes para estudo da dinâmica florestal, vinculadas ao Programa Biota/FAPESP, os quais contribuíram para a amostragem de plantas de outros hábitos de crescimento, como trepadeiras e epífitas. O Herbário ESA é o que apresenta o maior acervo de exsicatas coletadas na unidade, complementadas com o acervo dos Herbários UEC e SPSF.