Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras
O Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras foi criado em 2010, por meio da Lei 12.229 de 13 de abril de 2010, com objetivo de preservar remanescentes do ecossistema insular do domínio da Mata Atlântica, belezas cênicas e área de refúgio e nidificação de aves marinhas. Localizado no município do Rio de Janeiro (RJ), a cerca de 5 km da praia de Ipanema, o MONA é composto por quatro ilhas (Palmas, Comprida, Cagarra e Redonda) e dois ilhotes (Filhote da Cagarra e Filhote da Redonda) e mais uma faixa de 10 metros de área marinha ao redor de cada uma delas, totalizando uma área de 91,23 hectares. Esta unidade de conservação destaca-se na paisagem carioca e, devido à sua proximidade da cidade do Rio de Janeiro, é uma área propícia ao lazer, onde são praticadas atividades de turismo náutico, mergulho autônomo, ‘snorkeling’, canoagem, ‘stand-up paddle’ e escalada, entre outras. A vegetação de Mata Atlântica insular existente no MONA Cagarras é formada predominantemente por espécies arbustivas, com fisionomias semelhantes a de restingas. Cada ilha possui características distintas, sendo fortemente controladas pela presença ou ausência de ninhais de aves marinhas. As ilhas com presença marcante de aves marinhas possuem menor diversidade devido ao acúmulo de guano. Nas ilhas sem ninhais, a vegetação tem grande riqueza e podem ser encontradas inclusive espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, sendo importantes para estudos de biogeografia de ilhas. O botânico M.G. Bovini e colaboradores, há mais de uma década realizam diversos estudos sobre a flora terrestre local, através do Projeto Ilhas do Rio, o que proporcionou um extenso inventário florístico na área. Algumas espécies podem ser consideradas como emblemáticas no MONA, como a palmeira jerivá, Syagrus romanzoffiana, que deu nome à ilha de Palmas.