Reserva Biológica do Tinguá
A Reserva Biológica do Tinguá é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral localizada em seis municípios: Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis, Miguel Pereira, Queimados e Japeri. Encontra-se situada no limite entre a Serra do Mar e a Baixada Fluminense entre as coordenadas geográficas 22°22'20", 22°45'00" S; 43°05'40", 43°40'00" W. Está inserida nos territórios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo divisor de águas das Bacias da Baía da Guanabara, da Baía de Sepetiba e do Rio Paraíba do Sul.
A Rebio Tinguá é a maior reserva biológica do estado do Rio de Janeiro e a terceira maior da região sudeste do Brasil, compreendendo 26.260 hectares. O Pico do Tinguá é o ponto mais alto com 1.600 metros de altitude. A Rebio tem sua história diretamente ligada ao crescimento da Baixada Fluminense e da própria cidade do Rio de Janeiro. Criada em 1989 (Decreto Federal nº 97.780, de 23 de maio de 1989) com o objetivo principal de proteger uma porção da Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro e outros recursos naturais como as bacias hidrográficas. A Rebio faz parte do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar e do Mosaico Central do Mata Atlântica Fluminense (juntamente com outras áreas de conservação próximas).
A vegetação é composta pela Floresta Ombrófila Densa, apresentando formações de terras baixas, submontana, montana e altomontana. De forma geral, as formações florestais apresentam-se alteradas devido à proximidade aos centros urbanos. As áreas mais preservadas encontram-se onde há maior umidade, como nas vertentes viradas para o sul e junto às drenagens dos rios e córregos. Atualmente, esta é uma das poucas áreas florestadas da Baixada Fluminense o que torna a Rebio Tinguá importante do ponto de vista da preservação da Mata Atlântica e para o abastecimento hídrico das populações locais.
A flora da unidade é muito diversa, com registros de 1310 espécies (1140 Angiospermas, 169 Samambaias e Licófitas e 1 Gimnospermas). Merecem destaque a coleção do botânico H.C. de Lima (depositada no herbário RB e RBR). Merecem destaque também, as coletas financiadas pelo projeto denominado “ PPBio Mata Atlântica - Núcleo Sudeste” que em muito contribuíram para o conhecimento da flora da Rebio Tinguá.