Estação Ecológica de Santa Bárbara
A Estação Ecológica de Santa Bárbara foi criada em 7 de junho de 1984 (Decreto Estadual 22.337). Com área de 2.712ha, situa-se município de Águas de Santa Bárbara (22º48’59” S e 49º14’12” W). A Estação localiza-se na Província do Planalto Ocidental, na parte ocidental da Bacia Sedimentar do Paraná ou Bacia Geológica do Paraná, onde afloram os sedimentos das Formações Marília e Adamantina, ambas do Grupo Bauru, de idade cretácea, e as rochas ígneas extrusivas basálticas da Formação Serra Geral, pertencente ao Grupo São Bento, de idade Jurássica. Integra a bacia hidrográfica do Médio Paranapanema e sua rede hidrográfica é formada por poucos riachos de pequena grandeza, que drenam para rios de maior porte, afluentes do rio Paranapanema, parte do sistema do Alto Rio Paraná. O clima é quente e úmido com inverno seco (Cwa), a temperatura média do mês mais frio está pouco abaixo dos 18°C e a do mês mais quente facilmente ultrapassa os 22°C. A precipitação pluviométrica anual oscila entre 1000 e 1300 mm, e no mês mais seco está próximo dos 30 mm. Na unidade predomina o Latossolo Vermelho (LV), no entorno o Argissolo Vermelho-Amarelo (PVA) e, em mancha contínua acompanhando a faixa de drenagem do Rio Pardo, o Nitossolo Vermelho (NV). Os maiores fragmentos de vegetação natural remanescente na região são ocupados por vegetação de Cerrado lato sensu, sendo os mais significativos a própria Estação Ecológica de Santa Bárbara e três fragmentos, cada um com área superior a 600ha, na Fazenda Rio Pardo, município de Iaras. A região, e especialmente a Unidade, se destaca por preservar remanescentes de fisionomias campestres e savânicas de Cerrado, muito raras no estado de São Paulo. Está inserida numa região definida como de nível de prioridade cinco (considerando oito como nível máximo) para estabelecimento de ações de restauração interligando fragmentos de vegetação nativa e com prioridade máxima para inventários biológicos. A maior parte das pesquisas botânicas da unidade foram realizadas pelo antigo Instituto Florestal, atual Instituto de Pesquisas Ambientais, por Giselda Durigan e colaboradores.