Estação Ecológica de Tamoios

A Estação Ecológica de Tamoios (ESEC-Tamoios) foi criada pelo Decreto nº 98.864 de 23 de janeiro de 1990 e está localizada nos municípios de Angra dos Reis e Paraty, no sul do estado do Rio de Janeiro. Com uma área de 8.660,28 ha é composta de 29 ilhotas, ilhas, lajes e rochedos (ICMBio, 2006), sendo 96,64% da sua área marinha, abrangendo parte da Baía da Ilha Grande. A Baía da Ilha Grande, na sua parte terrestre e costeira, possui em sua área de influência onze unidades de conservação, sendo um parque nacional, dois parques estaduais, uma estação ecológica federal, duas reservas biológicas e uma reserva ecológica estaduais, três áreas de proteção ambiental (uma federal, uma estadual e uma municipal) e uma reserva particular do patrimônio natural (Creed et al., 2007). Para assegurar a proteção marinha e insular da ESEC-Tamoios, na unidade de proteção integral, foram definidos os limites da sua zona de amortecimento, abrangendo a porção oeste e central da Baía da Ilha Grande, além de ecossistemas costeiros como mangues, restingas e costões rochosos. A APA de Tamoios em conjunto com a ESEC-Tamoios completa o arco de proteção de toda a Baía da Ilha Grande. Entre os objetivos da ESEC-Tamoios estão: preservar ecossistemas ambientes insulares e marinhos significativos; contribuir para a restauração da diversidade biológica desses ambientes; e preservar integralmente a fauna e flora insular e marinha nos seus limites. A Baía da Ilha Grande (22°50´ - 23°20´S, 44°00´ - 44°45´O) abriga uma grande beleza paisagística e uma rica fauna e flora, e importante história de ocupação em dois municípios costeiros de Angra dos Reis e Paraty. Embora diversos estudos ficológicos tenham sido realizados na região, a caracterização da flora marinha da ESEC-Tamoios ainda é um desafio devido à grande extensão e à distribuição geográfica de suas ilhas, rochedos e lajes. A última lista da flora marinha da Ilha Grande, foi publicada por Pedrini et al. (2017), reunindo estudos anteriores, sendo os autores com mais sítios de amostragem na Baía foram Falcão et al. (1992) e Figueiredo e Tâmega (2007). Figueiredo e Tâmega (2007) cobriram a área mais extensa, com locais de coleta de espécies de macroalgas conspícuas em 42 estações na Baía da Ilha Grande, incluindo desde a zona entremarés até 50 m de profundidade. Neste trabalho foram identificadas 111 espécies de macroalgas representando ¼ da riqueza de espécies do estado do Rio de Janeiro e metade do total de espécies citadas para a Baía da Ilha Grande, incluindo sete novas ocorrências para a região, sendo duas para o estado do Rio de Janeiro. Posteriormente a este inventário, Tâmega et al. (2015) publicaram um artigo de cunho taxonômico enfocando as algas calcárias não geniculadas que foram coletadas e não identificadas em Figueiredo e Tâmega (2007), destacando a descrição taxonômica e identificação de três espécies de algas calcárias não geniculadas, incluindo uma nova ocorrência para o Brasil (Hydrolithon reinboldii (Weber-van Bosse & Foslie) Foslie)). A presente lista de espécies de macroalgas inclui somente as localidades situadas dentro dos limites da ESEC-Tamoios e sua zona de amortecimento (ICMBio, 2006), que não abrange a porção leste da Ilha Grande, onde há um grande número de coletas. Esta lista possui 138 espécies de macroalgas, 26 Chlorophyta, 38 Ochrophyta e 74 Rhodophyta, com as coleções depositadas nos herbários HRJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e RB (Jardim Botânico do Rio de Janeiro).

Lista de 48 espécies de macroalgas marinhas da Estação Ecológica de Tamoios sem registro em herbário

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