Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos
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Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos

O Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos (REVIS Ilha dos Lobos) foi criado, inicialmente, como Reserva Ecológica pelo Decreto n 88.463, de 04 de julho de 1983. Em 04 de julho de 2005, a categoria desta unidade de conservação (UC) foi alterada para Refúgio de Vida Silvestre. O REVIS da Ilha dos Lobos está situado no oceano Atlântico, próximo à foz do rio Mampituba na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Protege ecossistemas emersos e submersos e abriga espécies residentes e migratórias da fauna, flora costeiro-marinhas, formações geológicas singulares, incluindo a ilha mais ao sul da costa brasileira, única formação natural de agregação de lobos e leões-marinhos no Brasil (ICMBio, 2023). Abrange uma área de 142,39 ha, situada em frente ao município de Torres/RS, a 1,7 km do continente. O seu objetivo é preservar os ecossistemas naturais existentes, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades regulamentadas de educação ambiental, recreação e turismo ecológico. É a única ilha costeira de formação vulcânica do Rio Grande do Sul, servindo de refúgio para diversas espécies, além de ser rota migratória para várias outras, servindo de conectividade entre diversas áreas protegidas. O REVIS Ilha dos Lobos integra duas redes mundiais da UNESCO: por sua importante biodiversidade e gestão sustentável, faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (UNESCO MAB) e pelo patrimônio geológico, integra o Geoparque Caminhos do Cânions do Sul (UNESCO IGCP). O sul do Brasil é uma região de transição entre as espécies subtropicais e temperadas, onde se observa uma diminuição da diversidade de flora marinha. O litoral do Rio Grande do Sul é formado por extensas praias arenosas e batidas pelas ondas, o que dificulta a fixação de macroalgas. Os únicos rochedos localizam-se no município de Torres e na Ilha dos Lobos. Apenas um estudo publicado avaliou a composição da flora marinha da Ilha dos Lobos, realizado no início da década de 70, pelo Professor Luís Rios de Moura Baptista (1977), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mais recentemente, Steigleder et al. (2019) avaliaram a composição da flora marinha no Atlântico Sudoeste Central (26°S– 34°S), incluindo Torres. No entanto, este levantamento mais recente não contemplou a Ilha dos Lobos. As amostras coletadas por Baptista (1977) estão depositadas no Herbário ICN, do Instituto de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e constitui a única coleção desta UC. Segundo este estudo, a flora marina do REVIS Ilha dos Lobos está formada por 64 espécies, sendo 39 rodófitas, 14 ocrófitas e 11 clorófitas. Considerando as alterações ambientais ocorridas no REVIS desde a década de 70 (ICMBio, 2023), há necessidade de um monitoramento atual na unidade de conservação.

Como citar

Para citação de informação proveniente da consulta à lista de espécies de plantas do(a) Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, usar:
Para citação de informação proveniente da consulta à lista de espécies de macroalgas marinhas do(a) Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, usar: Karez CS, Silva CC, Kellermann A, Nunes JMC, Santos GN, Bahia RG, Salgado LT. 2025. Lista de espécies de macroalgas marinhas do Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos. In: Catálogo de Plantas das Unidades de Conservação do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: [https://catalogo-ucs-brasil.jbrj.gov.br]. Acesso em dia/mês/ano.

Contato: claudia.karez@gmail.com

Publicações

1 - Baptista LRM. 1977. Flora marinha de Torres: (Chlorophyta, Xantophyta, Phaeophyta, Rhodophyta). No. 37. Ministério da Educação e Cultura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
2 - ICMBio 2023. Plano de Manejo do Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos. . Acesso em: 26.06/2025.
3 - Steigleder KM, Copertino MS, Lanari M, Camargo M, & Fujii MT. 2019. Latitudinal gradient in intertidal seaweed composition off the coast of southern Brazil and Uruguay. Aquatic Botany 156: 47-56.
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